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Incontinência Fecal

Caso você perceba que está perdendo a capacidade de controlar a saída de fezes, muco ou gases no último mês você pode estar com incontinência fecal.

Os sintomas podem ser leves na forma de urgência fecal (dificuldade de segurar por muito tempo), escapes de gases aos pequenos esforços (como tosse e espirro) ou pequenas sujidades na roupa íntima mesmo sem nenhum esforço (soiling).

Podem também aparecer na forma grave levando a perda de fezes formadas com a necessidade de uso de forros de proteção ou fraldas diariamente.

Esse problema causa grandes impactos sobre a qualidade de vida gerando frequentemente vergonha, isolamento, baixa autoestima e depressão.

Para evitar que chegue a esse ponto você precisa observar os sintomas e procurar ajuda de um coloproctologista assim que os primeiros sinais aparecerem.

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Fatores que favorecem a incontinência

Os fatores que favorecem a incontinência estão geralmente relacionados com a musculatura anal e do assoalho pélvico, com a preservação das funções do reto, com a consistência das fezes e com a preservação neurológica.

Ou seja, a incontinência fecal acontece com maior frequência quando:

  • Idade maior que 65 anos

  • Pessoas com doenças mentais e neurológicas (avc, diabetes, esclerose múltipla),

  • Mulheres que tiveram vários filhos, trabalhos de partos prolongados e lesões perineais.

  • Após traumas da musculatura do ânus (esfíncter) que podem acontecer durante cirurgias ou acidentes.

  • Tabagismo e obesidade

  • Diarreia crônica

Atenção: Hemorroidas, fissuras, pólipos, prolapso de reto, inflamações e tumores podem ser causas de incontinência temporária que será revertida com o tratamento específico dessas doenças.

Diagnóstico da incontinência fecal

O diagnóstico da incontinência fecal é feito com a coleta da sua história detalhada associado ao exame proctológico completo e com exames complementares como a manometria anorretal e ultrassonografia anal.

Ao se preparar para consulta você já pode pensar nas seguintes perguntas:

  • Há quanto tempo os sintomas apareceram?

  • Com qual frequência eles ocorrem? Suas perdas são dependentes da consistência das fezes?

  • O quanto isso tem atrapalhado sua qualidade de vida?

  • Se você é mulher: quantos filhos você teve? como foram os partos? (qual foi o tamanho e peso do bebê, quanto tempo de trabalho de parto, precisou de fórceps ou episiotomia).

  • Você já fez alguma cirurgia no ânus?

Durante o exame

Durante o exame físico o coloproctologista irá procurar cicatrizes ou alterações na parte externa do ânus, irá realizar o toque retal para ver a força da musculatura anal e realizará a anuscopia para visualizar possíveis alterações na parte interna do ânus.

Manometria anorretal

A manometria anorretal é um exame onde introduzimos uma pequena sonda na região do ânus e através de movimentos de contração e relaxamento conseguimos definir a pressão das musculaturas do esfíncter anal.

Além disso conseguimos estudar também a capacidade retal, a sensibilidade local e reflexos presentes no reto.

Já o ultrassom anal consegue avaliar a espessura e integridade da musculatura anal.

Tratamento para incontinência fecal

O tratamento irá depender da gravidade dos seus sintomas.

No caso de incontinência leve medidas comportamentais como ajuste de dieta, uso de medicações oral e uso de formadores de bolo fecal irão deixar suas fezes mais consistentes diminuindo os sintomas.

Outra opção de tratamento conservador (não cirúrgico) com resultados satisfatórios em 70 % dos pacientes com incontinência leve a moderada é o biofeedback anal.

Ele funciona como uma fisioterapia que ajuda a melhorar a pressão do esfíncter, a percepção/ sensibilidade do reto e a coordenação da musculatura anal.

Pode ser feito por um médico ou fisioterapeuta.

Quando não existe melhora com essas medidas ou a incontinência já é considerada grave desde o início temos como opção de tratamento alguns procedimentos invasivos como preenchedores anal, cirurgias de reparo do esfíncter( esfincteroplastias) e neuroestimulação sacral.

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A definição do melhor tratamento cirúrgico para seu caso deve ser bem discutido em consulta dependendo do seu histórico e suas expectativas.

Não adie sua visita ao especialista por vergonha ou constrangimento, iniciar um tratamento precoce melhora muito os resultados finais.

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